BEM-VINDO

Gostaria de deixar claro que o evangelho de Jesus Cristo é para mim motivo de honra,“porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...”(Rm 1:16). Tenho, porém, a cada dia, mais vergonha do evangelicalismo pregado nos púlpitos de algumas igrejas e vivido por muitos de seus membros.

O espírito mundano tem assolado e impregnado as mentes e corações do povo de Deus, como um mal que se alastra em todos os setores da vida religiosa: doutrina, liturgia, fé e padrões de conduta. A tal ponto que muitos crentes sinceros, mas negligentes quanto ao conhecimento das Escrituras, têm se deixado enredar “pela astúcia de homens que induzem ao erro” (Ef 4:14).

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sábado, 22 de fevereiro de 2020

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quinta-feira, 27 de junho de 2019

O Fruto do Espírito é Longanimidade

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7.   O FRUTO DO ESPÍRITO É LONGANIMIDADE.

Conceito secular: significa uma virtude que consiste em suportar dores, infortúnios, etc. com resignação.
Conceito teológico: no grego – Makrothymia – Longanimidade. Significa paciência (sofrimento contínuo por um longo período), perseverança, constância.

a)     É um atributo essencial de Deus e expressa Sua bondade.

·       Deus suporta o obstinado e o malvado apesar de sua persistente desobediência.
Deus esperou 120 anos para mandar o juízo do Dilúvio (1 Pedro 3:20).
Deus manteve no deserto, por 40 anos, o povo rebelde que saiu do Egito, até que toda aquela geração morresse, sob juízo (Atos 13:18).
Deus, às vezes, espera um longo tempo, antes de derramar Seu juízo sobre o ímpio.
Sl 145:8  Benigno e misericordioso é o SENHOR, tardio em irar-se e de grande clemência.
2 Pe 2:4 Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo;
·       Deus é paciente com aqueles a quem quer salvar, seus eleitos.
1 Tm 1:12-16  Sou grato ... me considerou fiel ... a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. ... pois o fiz na ignorância, na incredulidade ... me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal (“PECADOR”),  evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna.

b)    Denota uma virtude humana – o prolongado refrear da “ira” ou da “agitação” – é manter a ira longe.

·         Deus espera que seus santos eleitos demonstrem em suas vidas a longanimidade, não só como uma  característica de caráter íntima, mas sim que transpareça pelo seu modo de vida.
Cl 3:12  Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.
·         Deus espera que seus santos eleitos demonstrem no relacionamento com o próximo uma atitude positiva que sempre levará essa pessoa a chegar a um bom-termo.
Efésios 4:1-2  Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
1 Ts 5:14  Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos.
·         Deus espera que os seus filhos ao serem contrariados e rejeitados em seus desejos ou opiniões, ou mesmo quando são alvo de provocações, não se deixem levar pela carne, buscando justificações ou mesmo retratações por parte dos opositores. Mas, ao contrário, olhem para Cristo. E verão que Ele foi injuriado, injustiçado e ofendido por pessoas rebeldes, as quais queria salvar e, longânimo, suportou tudo, pois queria fazer a vontade do Pai.
João 6:40 Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.  
Usaremos como estratégia pedagógica, o contraste entre as personalidades de duas mulheres iracundas que conviveram com dois tipos de homem: um iracundo como ela, trazendo o mal para a família e outro longânimo e temente a Deus, cuja justiça trouxe bênçãos para sua casa.
Provérbios 11:23  “O desejo dos justos tende somente para o bem, ... mas a expectação dos perversos ... redunda em ira.”

Mulher de Potifar – Rejeitada, mostra sua ira

(Gn 39)























a)     Contexto

José estava escravizado no Egito. O Chefe da guarda, Potifar, viu o relacionamento de José com o seu Deus e que o Senhor o fazia prosperar. Confiou tudo que tinha nas mãos de José (vs. 3, 6). José era formoso e temente a Deus (v. 6).
A Mulher de Potifar era maligna de coração e infiel ao esposo. Cobiçou o jovem José e o queria para seu amante. José negou-se a tal intento (vs. 7-12).

b)    Comportamento que redundou em ira.

Ao se sentir rejeitada ou não atendida nos seus desejos, não se preocupou em caluniar e prejudicar uma pessoa inocente. Ela era iracunda, sentindo-se rejeitada, buscou vingança (v. 13-19).
Potifar puniu a José, lançando-o na prisão.
Gn 39:20 E o senhor de José o tomou e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam presos; assim, esteve ali na casa do cárcere.

7.1.      Mulher de Jó – desespero no sofrimento.













a)     Contexto

Temente a Deus e tinha o testemunho do próprio Deus... (v. 1:8). Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava ... e oferecia holocaustos ... pois dizia: “Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração”. Assim o fazia Jó continuamente (v. Jó 1:5).
Jó sofre uma desgraça (v. 1:10 a 2:8).
Jó 1:20-21  Jó ... adorou e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!
A mulher de Jó era maligna de coração, ímpia e iracunda. Ao ver todo o sofrimento pelo qual seu marido passava, sugeriu que ele amaldiçoasse a Deus e pedisse a morte (v. 2:9).
Jó 2:9   Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre.

b)    Seu comportamento não redundou em ira.

Porque Jó era longânimo, ele conservou a sua integridade... E não pecou contra Deus.
Jó 2:10  Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios...

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

CARTA ÀS IRMÃS

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Queridas irmãs, vocês sabem o tanto que as amo. E não é nada pessoal, mas penso que também eu posso dar minha visão bíblica sobre esse momento político que estamos passando.

Sabemos que devemos estar sujeitas às leis dos homens, não somente por causa da possível punição, mas também por causa da consciência (Rm 13:1-7). Porém, devemos fazer toda a distinção e darmos a cada um o que lhe é devido, conforme disse Jesus, em Mt 22:21: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”

Assim, devemos ter bastante critério quanto a escolher em quem depositar nossa confiança. Há alguns anos atrás vimos a grande maioria dos brasileiros depositarem sua confiança em um homem que se apresentava como o “salvador da pátria”, para em pouco tempo vê-lo preso e grande parte de seus partidários presos ou processados por corrupção. Confirmando a Palavra que diz em Jeremias 17:9: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o poderá conhecer?”.

Considero bastante apropriado que os cidadãos se envolvam nos negócios de sua pátria. Devemos sim, como cristãos, envolvermo-nos nas coisas referentes à nossa pátria, que está nos céus... “donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo” Fp 3:20. Os homens desse mundo sempre procurarão atender a seus próprios interesses e os de seu pai (Jo 8:44). E ao nos solidarizarmos e comprometermos com eles tornamo-nos fiadoras de suas idéias e tidas por faltos de entendimento (Pv 17:18).

Como diz a Palavra do Senhor, não nos ponhamos em “jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? Pelo que, saiamos do meio deles e separemo-nos.  Pois nós somos santuário de Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo (2 Co 6: 14-18).


Que O Senhor nos dê sabedoria, como tem prometido (Tg 1:5).

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Resgate do Casamento do Éden

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sexta-feira, 23 de março de 2018

Fruto do Espírito - PAZ

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 O FRUTO DO ESPÍRITO É PAZ

No conceito secular

Paz significa ausência de conflito.

No conceito teológico

No grego original (Eirene), significa bem-estar que vem do próprio Deus.
Vejamos alguns aspéctos da paz, que deverão fazer parte da vida de todo homem que professa a salvação.

a)     A fonte da paz

Somente Deus é a fonte da perfeita paz.
Deus Pai é o Deus da Paz – Rm 15:33 “E o Deus da paz seja com todos vós. Amém!”
Jesus é o Príncipe da Paz – Is 9:6  “Porque um menino nos nasceu, ... e o seu nome será: ... , Príncipe da Paz”.
O Espírito Santo produz Paz – Gl 5:22  “Mas o fruto do Espírito é... paz...”.

b)    A paz com Deus

O homem ímpio, por melhores condições que ele possa ter na vida: saúde, bens materiais, família, comportamento adequado, ele sempre estará, consciente ou não, sob o poder da morte e a ameaça do juízo divino. Estará em inimizade com Deus. A Bíblia os chama de:
Filhos da desobediência - Ef 2:2 “... do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;”

Filhos da ira - Ef 2:2 “... e éramos, por natureza, filhos da ira,”

Inimigos de Deus - Cl 1:21 “... estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas”

A paz com Deus se fundamenta na obra Redentora de Cristo e é o resultado do perdão de Deus: já não há desobediência, ira ou inimizade entre Deus e o Homem. Essa virtude faz parte da alma do crente. Somente esses  estarão livres de qualquer juízo de Deus.
Cristo é o mediador da paz – na Cruz do Calvário pagou os pecados, reconciliando o pecador com Deus.  Mediante a fé o pecador é justificado e alcança a paz com Deus.

Rm 5:1 Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”.

É Deus quem busca paz com o pecador e a conserva.
Isaías 26:3 “Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.”

c)     Resultados da Paz

A paz de Deus é um presente que Cristo oferece ao crente. Ele pode gozar uma paz interior que independerá das adversidades, problemas ou perturbações do dia-a-dia.
Jo 14:27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.

É obtida e mantida na vida do crente através da comunhão íntima com Jesus.
Fp 4:6-7 “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.
Sua confiança e segurança serão depositadas no Senhor e em tudo buscará Seus conselhos, pela Bíblia e oração. Para este crente, a Paz de Cristo orientará suas decisões e ações.
Cl 3:15E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.

É na Igreja que os crentes aprendem a exercitar e praticar a paz.
É a ausência de desordem na Igreja Essa irmã terá como prioridade o bem comum da Igreja acima de seus interesses pessoais. Sempre evitará confusão.

Co 14:33 “Porque Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos”.

É uma comunhão diária de paz com os líderes – Ela honrará seus líderes, pois entenderá que form servos enviados para pastorear o rebanho do Senhor.

1Ts 5:13 e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obras. Tende paz entre vós”.

É uma comunhão diária de paz entre os irmãos – Sempre terá o coração disposto para o bem comum.

2 Co 13:11 “Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco”.

A prática da Paz e da Santificação até a vinda de Cristo – Terá uma vida de devoção e santidade, sempre olhando para a cruz de Cristo.

Hb 12:14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o SENHOR”.

O crente que goza a paz de Deus não será melindroso... não se sentirá ofendido ou ultrajado por um irmão na igreja, suspeitando de alguma má vontade, pois estará com seu espírito tranqüilo, descansando no Senhor.

Paz com todos os homens é um alvo a ser alcançado pelo crente, pois deve mostrar ao mundo um caráter transformado, refletindo a imagem de Cristo.
Esta crente não se exasperará com as grosserias do esposo ou filhos incrédulos, mas responderá com brandura, pois entenderá que a inimizade deles, primariamente, é com Deus. Também não se deixará irritar pelo vendedor mal educado, com as implicâncias do vizinho, ou por ser ultrapassado na fila do médico, pois seu objetivo será sempre buscar a paz.
Se possível, terá paz com todos os homensRm 12:18  “Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”  .

Buscará diligentemente a paz1 Pe 3:11 “aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a”.

Não esperará elogios dos homens, antes, buscará ser honrado por CristoMt 5:9  “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”.

d)    Ministério da paz

Assim como recebemos o perdão de Deus, sem merecimento algum, nós que éramos inimigos fomos objeto de Sua paz, também Deus nos deu uma grande obra para realizarmos, enquanto estamos aqui na terra: ir por todo o mundo e pregar o Evangelho da Paz.
É uma arma na luta contra Satanás – Ef 6:15 “E calçados os pés na preparação do evangelho da paz”.
É um ministério que nos foi outorgado por Deus – 2 Co 5:18-19 “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação. Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação”.

É uma honra e grande responsabilidade, pois somos embaixadores de Cristo – Seus representantes oficiais na terra – 2Co 5:20 “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos pois da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus”.

6.1.     ABIGAIL – A mulher que busca a paz.

Mt 5:9 / 1 Sm 25:1-44













a)     Contexto

O rei Saul fora rejeitado por Deus e, impiamente, procurava matar Davi, já ungido rei. Davi fugia com um bando de 600 homens. No Carmelo, os pastores de Nabal tosquiavam as suas ovelhas, e o bando de Davi os protegeu, sem exigir nada.
Nabal era um homem rico, porém, maligno e duro de coração. Seu nome significa “homem de Belial” – significa tolo – não de estúpido mental, mas de alguém insensível ou louco, quanto a Deus e aos direitos dos homens.

O Pedido de Davi

A saudação é de paz e revela a amizade que seus homens tinham pelos servos de Nabal. Os moços de Davi falaram a Nabal e aguardaram.
“Direis àquele próspero: Paz seja contigo, e tenha paz a tua casa, e tudo o que possuis tenha paz! achem mercê, pois, os meus moços na tua presença, porque viemos em boa hora; dá, pois, a teus servos e a Davi, teu filho, qualquer coisa que tiveres à mão.”  (vs. 6;8)

A resposta de Nabal

Nabal responde de maneira insolente. Ignora propositadamente a Davi, mostrando predileção por Saul (v. 10). É avarento. Os moços de Davi lhe relatam o desagravo de Nabal.
“Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos são, hoje em dia, os servos que fogem ao seu senhor. Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores e o daria a homens que eu não sei donde vêm?” (vs. 10-11; 17).

A ira de Davi

Davi fica indignado com o tratamento de Nabal, em virtude da consideração que havia demonstrado.   Enfurecido, resolve vingar-se. Prepara uma comitiva de uns quatrocentos homens armados e sai para exterminar a casa de Nabal. (vs. 13; 21-22)

b)    Abigail – sua respeitabilidade

Abigail era o nome da mulher de Nabal. Ela era sensata e formosa. Seus servos confiavam que a sua senhora tomaria uma atitude a fim de evitar uma tragédia (v. 14-17). Então avisam Abigail sobre a bondade de Davi, do seu pedido e a resposta de Nabal. Por fim, alertaram do perigo iminente e a necessidade de evitar uma desgraça.
“Agora, pois, considera e vê o que hás de fazer, porque já o mal está, de fato, determinado contra o nosso senhor e contra toda a sua casa.” (v. 17)

c)     Abigail – sua reação

Prepara um grande presente de mantimentos, manda os seus servos adiante dela a encontrar-se com Davi e oculta o plano a Nabal. (v. 17-19)
Abigail humilha-se diante de Davi, intercede pela sua casa, buscando uma solução. Não culpa Nabal, ao contrário, assume a responsabilidade da culpa e pede perdão. Não se apresentou como vítima, declarando que não era responsável pelo fato ocorrido.
Usou a Palavra e exortou em nome do Senhor. Tinha convicção que Davi era um servo de Deus, pois lembrou-lhe o seu relacionamento com Deus e Suas promessas e o alertou sobre o pecado da vingança pessoal, bem como as recompensas da obediência (v. 23-31).
O comportamento de Abigail em se identificar como solidária na culpa, mesmo que não o seja na realidade, é encontrado em outros grandes servos de Deus que, apesar de individualmente serem inocentes de rebeldia contra Deus, eles se identificaram com o povo de Deus e se humilharam, pedindo o perdão do Senhor:
·       Moisés
Em meio a um povo incrédulo e idólatra (Êx. 32), Moisés sobe ao Monte Sinai para receber as Tábuas da Lei e quando desce, o povo havia feito um bezerro de ouro para adorar (1-8). Ele, desolado, quebra as Tábuas, e manda matar todos os idólatras (25-29).
Porém, apesar de não ter pecado à semelhança deles, intercede pelos idólatras assumindo a culpa.
Êxodo 32:32  Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito.
·       Jeremias
Profeta justo, no meio de um Israel mal e impenitente, quando ora e clama pelo povo, se identifica com eles.
Jr 14:20  Ah! SENHOR! Conhecemos a nossa impiedade e a maldade de nossos pais; porque pecamos contra ti.
·       Daniel
Homem fiel a Deus e que sofria pelas rebeldia e incredulidade do povo no cativeiro babilônico, quando busca o Senhor em oração, se identifica com o pecado do povo.
Dn 9: 5  “pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos”.
·       Paulo
O apóstolo Paulo com tristeza pela incredulidade do povo de Israel, se identifica com a nação ao ponto de desejar ser maldito, se possível fora, por amor deles.
Rm 9:3  Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne”.

O verdadeiro cristão não deve se sentir isento do pecado da Igreja, pois, se somos o corpo de Cristo, somos membros uns dos outros, e solidários nas bênçãos e responsabilidades.

d)    Abigail – seus resultados

Davi reconhece que Abigail falou da parte de Deus.

Bendiz a Deus e a Abigail, agradecendo-lhe a prudência. Recebe os presentes em sinal de perdão. (vs. 33-34)

“Então, Davi recebeu da mão de Abigail o que esta lhe havia trazido e lhe disse: Sobe em paz à tua casa; bem vês que ouvi a tua petição e a ela atendi.” (v. 35)

Davi reconhece que a vingança é do Senhor e mais uma vez agradece a Deus que o deteve de fazer o mal e recompensa Abigail tomando-a por mulher (v. 39-41).

Deus castiga Nabal.

Nabal percebe a gravidade do seu ato. Pois pela manhã, já livre dos efeitos do vinho, sua mulher lhe contou tudo o que ocorreu e de como ela havia se comportado. Ele, então, toma consciência dos seus atos e ficou apavorado. Passados uns dez dias, feriu o SENHOR a Nabal, e este morreu. (v. 37-38)

Abigail é conservada em paz

Davi recompensa Abigail tomando-a por mulher (v. 39-41).

Mt 5:9  “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”.