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O Sermão do Monte
Lc 6.20-23
Jesus durante o Seu ministério ensinou muitas coisas ao povo e, aos discípulos, em especial. O texto que estudaremos hoje é conhecido como o SERMÃO DO MONTE, pois foi proferido em um monte, provavelmente o Monte das Oliveiras.
Primeiramente, Ele lhes falou sobre as características espirituais dos filhos de Deus, chamou-lhes felizes e prometeu recompensas no Reino de Deus (vs. 3-12).
Depois disso, proferiu duas Parábolas: do SAL e da LUZ, nas quais deixou claro que existem responsabilidades por tão grande privilégio.
PARÁBOLA DO SAL
Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. (V. 13)
Sal como tempero
Deus tem interesse pessoal em que tudo que seja ofertado a Ele tenha sabor. E que o sabor esteja devidamente temperado com sal, não é uma simples retórica, pois quando estabeleceu a Lei de oferta de alimentos ordenou que assim fosse feita. Aquelas pessoas com certeza compreenderam o que Jesus Lhes falava, pois conheciam a Lei de Deus.
Lv 2. 13 Todas as suas ofertas de cereais temperarás com sal; não deixarás faltar a elas o sal do pacto do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal.
Nm 18.19 Todas as ofertas alçadas das coisas sagradas, que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor, eu as tenho dado a ti, a teus filhos e a tuas filhas contigo, como porção, para sempre; é um pacto perpétuo de sal perante o Senhor, para ti e para a tua descendência contigo.
Assim como o sal, o crente tem a responsabilidade de “dar sabor”, de temperar este mundo, pois nos foi dada a missão de sermos modelo, ou medida, do que agrada e desagrada a Deus. Se Deus não houvesse manifestado Sua Santa vontade aos homens, através da Bíblia, poderíamos alegar que não conhecíamos Seus mandamentos, mas já agora, não o podemos.
Muito mais, depois da vinda do Filho ao mundo, pois está escrito no vs. 17: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” e acrescentou, no v. 20, que os desígnios do coração do salvo, ou seja, sua justiça, deveriam exceder em muito a daqueles que se dizem religiosos ou moralistas.
É assim que é manifestado o tempero. Quando estamos em meio à Igreja, família, escola ou trabalho e agimos de maneira a tornar o ambiente com o gosto ou o sabor digno de Cristo.
Anos atrás, quando eu ainda não conhecia Cristo como meu Salvador, trabalhei em uma empresa e entre os colegas de trabalho havia um rapaz diferente. Ele não participava das brincadeiras de mau gosto dos outros; era noivo e afirmava em meio a gozações (que coragem!) que só se relacionaria com a noiva depois do casamento; tirava férias para ajudar os pais a pintarem a casa, lia a Bíblia no intervalo do almoço; e, principalmente, tinha um semblante de paz e serenidade. Definitivamente, ele era diferente.
Um dia eu disse que gostaria de ter uma Bíblia igual à dele. Ele me ensinou onde comprar e eu adquiri minha primeira Bíblia. Na verdade, mais do que o livro, eu queria possuir aquilo que ele manifestou a mim: o tempero. Hoje sei bem o que era – o sabor que agradava a Cristo.
Sal como preservador
Aqueles discípulos reconheciam a importância do sal nas suas vidas diárias, pois além de servir para dar sabor aos alimentos, era usado habitualmente para conservá-los. Os alimentos eram preservados da corrupção quando devidamente salgadas.
Da mesma forma, nós somos responsáveis por preservar o que resta do verdadeiro cristianismo no mundo. Na segunda carta aos Tessalonicenses lemos que o presente sistema mundial, em que impera a corrupção, liberdade sem moral e todas as formas de impiedade, está sendo preparado para a revelação de uma forma de liderança unificada em um homem, o iníquo.
Não podemos esquecer que estamos inseridos neste contexto, experimentado as influências e convivendo com as “verdades” que se contrapõem a verdade bíblica. Como poderemos ser o sal, a preservar o cristianismo nesse mundo?